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Foto do escritorThaís Dionizio

Calor matou mais do que deslizamentos de terra no Brasil, aponta pesquisa


Cerca de 48 mil brasileiros morreram por conta de repentinos aumentos de temperatura entre 2000 e 2018. Esse número supera o de mortes por deslizamentos de terra. Além disso, desde 2010, o Brasil sofreu de 3 a 11 ondas de calor por ano. O estudo que divulgou essas informações inéditas foi feito por sete universidades e instituições brasileiras e portuguesas, como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Os pesquisadores analisaram dados das 14 regiões metropolitanas mais populosas do país, um total de 74 milhões de pessoas.


Fonte: BBC News Brasil


As ondas de calor foram definidas na pesquisa a partir de um padrão conhecido como Fator de Excesso de Calor (EHF, na sigla em inglês), que leva em conta três aspectos: a intensidade, a duração e a frequência de aumentos na temperatura. Com isso, é possível fazer previsões dos níveis perigosos à saúde humana. O estudo avaliou mais de 9 milhões de registros de óbitos nos períodos em que aconteceram essas elevações bruscas de temperatura para calcular quem pode ter morrido por essa causa.

Os eventos climáticos extremos atingem mais as pessoas que não têm acesso a recursos de adaptação, segundo o físico Monteiro dos Santos, da UFRJ. "Situações socioeconômica precárias, que atingem as faixas mais pobres, levam a acesso também precário a condições de moradia, sistema de saúde e meios de prevenção", o pesquisador explicou ao g1. Os grupos mais vulneráveis às alterações climáticas são idosos, mulheres, pessoas pretas e população de baixa escolaridade, concluiu o estudo.


Redatora: Mylena Larrubia.




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