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Foto do escritorMaria Eduarda

Em 2024, La Niña atinge o ápice e sucede o El Niño

Atualizado: 1 de fev.

La Niña e El Niño: Uma Análise Comparativa


Os fenômenos climáticos de La Niña e El Niño representam extremos opostos no sistema climático global, influenciando padrões climáticos em todo o mundo de maneiras distintas. Enquanto ambos se originam nas águas do Oceano Pacífico tropical, suas características e impactos diferem significativamente, moldando o clima e afetando comunidades em diferentes regiões do planeta.


El Niño é conhecido por sua característica de aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico tropical central e oriental. Durante um evento de El Niño, as temperaturas oceânicas aumentam, desencadeando uma série de consequências climáticas em escala global. As regiões afetadas por El Niño frequentemente experimentam chuvas intensas, inundações, secas prolongadas e mudanças nas correntes de vento atmosférico. Isso pode levar a impactos significativos na agricultura, na disponibilidade de água, na saúde pública e na economia em várias partes do mundo.


Em contraste, La Niña é caracterizada por temperaturas oceânicas mais frias do que o normal no Pacífico tropical central e oriental. Durante um evento de La Niña, as águas superficiais do oceano se resfriam, desencadeando padrões climáticos distintos em comparação com El Niño. As regiões afetadas por La Niña frequentemente enfrentam condições de clima mais extremo, incluindo secas severas em algumas áreas e precipitação acima da média em outras. Esses padrões climáticos podem resultar em impactos variados, como escassez de água, aumento do risco de incêndios florestais, mudanças na produção agrícola e desafios para os setores de energia e infraestrutura.



Imagem: uol.com.br


Em 2024, La Niña atinge o ápice e sucede o El Niño


Após atingir o ponto máximo, o El Niño começará a enfraquecer paulatinamente. No começo de 2024, foi presenciado um acontecimento excepcionalmente intenso, que ocorre quando a temperatura na área de monitoramento no Oceano Pacífico Equatorial se eleva em torno de 2°C. Os impactos do El Niño são evidentes no Brasil com o aumento de chuvas nas regiões Sul e a diminuição de precipitação na região do Norte.


Na presente estação, a escassez de umidade e as altas temperaturas estão prejudicando o progresso da colheita de verão em várias unidades federativas. A instituição meteorológica dos Estados Unidos (NOAA, em inglês) notificou recentemente que, apesar da diminuição da intensidade do El Niño, os efeitos podem persistir até abril. Além disso, alerta para a probabilidade crescente de o La Niña retornar em 2024 já que a partir de julho, existe uma probabilidade de quase 60% desse fenômeno ocorrer, o qual diminui a precipitação no Sul e aumenta no Norte, em contraposição ao El Niño, que está em vigor.


De acordo com a NOAA, a maioria dos episódios mais severos de El Niño foi sucedida por La Niña. Portanto, não é incomum, é uma ocorrência esperada. Logo, prever o que está por vir pode ter um grande impacto em escolhas, desde a aquisição de sementes até a seleção de materiais para o cuidado das plantações. Por esse motivo, caso a instituição meteorológica dos Estados Unidos esteja correta, 2024, que teve início com um El Niño intenso, encerrará com o La Niña assumindo o controle.


O auge do El Niño nos anos 2023 e 2024 passou marcando o início do declínio do fenômeno climático e o sinal de enfraquecimento do evento foi identificado através da análise da temperatura do mar Tipicamente, a temperatura do mar na região 3.4, no Pacífico Equatorial Centro-Leste, é utilizada oficialmente para confirmar a presença e a intensidade do El Niño e a última análise demonstrou uma temperatura de +1,7°C, 0,4°C menor do que os dados apontados do ano anterior.


A agência americana National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) prevê que o fenômeno climático gradualmente perderá força, percorrendo para uma condição de equilíbrio, sem muitas intervenções de El Niño ou La Niña no mês de abril a junho deste ano. No entanto, conforme observado pela MetSul, apesar do El Niño ter atingido seu ápice e estar enfraquecendo, seus efeitos devem persistir no país.


Por fim, de acordo com o Inmet, a fase neutra ocorre quando não há presença de El Niño nem La Niña, e as condições climáticas comuns às estações são mantidas. Durante a primavera e o verão, que são as estações mais quentes, espera-se um aumento na ocorrência de chuvas.


Imagem: uol.com.br

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