Fonte: CNN | Foto: SD-Pictures/Pixabay
De acordo com o artigo escrito por Vinícius Sayão, para a página do Instituto de Estudos Avançados da Universidade de São Paulo, os países mais pobres são os mais afetados pela poluição e as mudanças climáticas. O artigo tem como base os dados de uma pesquisa internacional, divulgados pela revista Lancet. Nesses dados, foi possível constatar que países desenvolvidos possuem leis mais rígidas, logo, as indústrias buscam sede em países subdesenvolvidos, já que esses adotam leis mais brandas, além da mão de obra muito barata.
Paulo Saldiva, diretor do IEA e professor da FMUSP, ressalta que a população mais pobre fica muito mais exposta à poluição urbana, visto que essa – grande – parcela da população não tem condições de se proteger e ter a mesma qualidade de vida que as pessoas com mais recursos. Ainda sobre esse aspecto, Saldiva também aponta o programa “Minha casa, minha vida”, que não considera as mudanças de ambiente na hora de gerir a construção dos prédios, visto que o que é feito em São Paulo é igualmente feito no Tocantins – ambientes bem diferentes.
Outros dois pontos destacados foram: a inconsistência do combate ao tabaco e o pouco investimento no combate à poluição; a má distribuição de área verde. Na comparação do professor, inalar a poluição do trânsito de São Paulo por duas horas equivale a fumar um cigarro. E, além disso, existe uma boa quantidade de área verde, mas ela está concentrada em um espaço mal distribuído, o local onde a população mais vive não é o local com área verde.
Sobre o relatório de Lancet e Bangladesh:
O relatório foi divulgado graças aos cinco anos de pesquisa sobre aquecimento global, mudanças climáticas e saúde humana. Uma das autoras do relatório, Sonja Ayeb-Karlsson, expôs que o intuito da pesquisa era propor e testar soluções para melhorar a qualidade de vida das pessoas. Afinal, como ela explica, a mudança climática não é algo que acontecerá no futuro, já está acontecendo e os países mais vulneráveis já sofrem as consequências dessa mudança.
Com foco em Bangladesh, a autora apontou desastres como: terremotos, ciclones e tsunamis. Ocorre uma sucessão de desastres sem que o país tenha tempo de se recuperar. Por isso, um trabalho de prevenção seria o melhor caminho. Há muito investimento nas consequências de um desastre e a prevenção acaba sendo esquecida.
Saiba mais detalhes em: http://www.iea.usp.br/noticias/paises-mais-pobres-sao-os-mais-afetados-por-mudancas-climaticas-e-poluicao
Escrito por Deborah Novaes
Revisão e Adaptação por Daniella Tavares
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